Senhoras e Senhores, está aberta a pré-venda de "A Destinada"!!!
Eu havia dito que o livro seria R$25,00, o mesmo preço da Bienal. Continua sendo, mas o valor a ser pago aqui na pré-venda teve de ser aumentado para R$29,00 devido ao custo do envio, pelos correios. Mas será um valor fixo, portanto, não importa onde você more (no Brasil), pagará somente esse valor. Lembrando que o livro tem formato maior e 398 páginas! E está lindo! rsrs *-* E virá autografado, e com marcador de página!
Se está interessado em adquirir o seu, aproveite agora, em primeira mão (o lançamento será em setembro e a venda nas livrarias também, porém ainda não tenho uma data certa, logo anuncio!).
Abaixo segue o formulário a ser preenchido se você quiser comprar o seu. As instruções estão nele e logo entro em contato por email para mais detalhes! Você poderá fazer sua reserva até 01/09!
Acesse o formulário aqui: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dFlYNW11MXd0TzFaV0pTM2RLN0pBaHc6MQ
Obrigada, gente! Espero seus pedidos! ;D
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Primeiro capítulo (trecho)
Aí vai um pouquinho do primeiro capítulo de "A Destinada", para dar um gostinho...
(...)
1. Visão
Havia um trem andando sobre os trilhos, numa
paisagem repleta apenas de árvores e campos vazios. Era madrugada e a lua
brilhava no céu, parcialmente encoberta por nuvens densas. O sopro gelado
passeava pelas janelas do trem, especialmente em uma, toda aberta, deixando o
vento frio adentrar a cabine. Havia apenas um passageiro no vagão. Ele deixava
o cabelo ricochetear em seu rosto pelo vento vindo da janela escancarada.
Era um homem jovem. Mas era difícil ver seu
rosto, pois os cabelos grandes e escuros o encobriam à medida em que o vento
batia neles em sentido oposto. Ele não parecia ligar para o frio que fazia,
parecia gostar de estar sozinho na companhia da brisa noturna.
Seus olhos finalmente se cansaram de ver a
paisagem escura e monótona. Fechou-os e inclinou suavemente a cabeça para trás,
para encostá-la no banco. O vento ainda brincava com seus cabelos quando o trem
parou.
Os olhos do homem se abriram por reflexo,
porque ele tinha certeza de que ainda não tinham chegado ao destino final. E
não havia escala. O homem não conseguia imaginar os motivos para o trem ter
parado tão de repente, nesse lugar vegetal, onde nem havia estação.
Finalmente começou a notar o frio. Mas
talvez seu tremor não estivesse relacionado à temperatura ou ao vento, e sim ao
som de passos chegando mais perto.
Não era a movimentação de passageiros, já que não havia mais nenhum além dele próprio, pelo que sabia. Congelado no banco, o rapaz não conseguiu olhar para trás. Temia o que veria. A porta do vagão tinha sido aberta silenciosamente, alguém o invadira.
Não era a movimentação de passageiros, já que não havia mais nenhum além dele próprio, pelo que sabia. Congelado no banco, o rapaz não conseguiu olhar para trás. Temia o que veria. A porta do vagão tinha sido aberta silenciosamente, alguém o invadira.
Eram passos cautelosos, vindo diretamente
para as primeiras filas de poltronas, onde ele estava: o homem de cabelos
escuros encoberto pela escuridão da noite, que tremia compulsivamente – porque
talvez ele soubesse o que esperar.
E no instante seguinte ele encarava dois
homens grandes e fortes, que usavam toucas cobrindo toda a cabeça, permitindo
que se vissem apenas seus olhos sombrios. O viajante se ergueu do acento,
pensando em gritar. Mas antes que tivesse tempo para isso, os silenciosos
encapuzados o amordaçaram e amarraram seus pulsos. Rápida e cautelosamente,
esgueiraram-se pelo corredor, carregando o jovem, e pularam do trem já em
movimento, levando o rapaz.
Acordei
assustada, fazendo o possível para manter em meu peito o grito que se formara.
Ofegando,
sentei-me na cama e esperei que meus batimentos cardíacos voltassem ao normal;
o grito também não saiu. Então comecei a chorar, mas tentei ser silenciosa,
para que minha mãe ou minha irmã não ouvissem.
Não
conseguia acreditar que aquele pesadelo estava começando de novo. E era quase
que literalmente um pesadelo. Mas eu sabia bem demais que eram minhas visões. E
era isso que me incomodava, porque não me importava de sonhar com coisas ruins,
se eu sabia que era tudo mentira. Mas com minhas visões era diferente. Era real
demais, e era verdade. Algo assim iria acontecer com alguém, talvez essa noite
mesmo. Talvez estivesse começando nesse instante...
Bem,
é isso. Eu sou vidente.
Não
é uma palavra que eu goste muito de usar para nomear isso, mas é a que todo
mundo entende. Não que muitas pessoas saibam que tenho esse dom, mas todo mundo
já se habituou a chamar aqueles que veem o futuro de videntes – o que não me
agrada muito, porque a imagem de vidente que sempre aparece na minha cabeça é a
da mulher com um turbante, que atende pessoas em tendas, em troca de dinheiro
não merecido. É não merecido porque a maioria delas é charlatã, não tem poder
sensitivo nenhum e abusa da ingenuidade de pessoas iludidas. Não que não haja videntes
sensitivas de verdade nesses lugares, mas tanto faz.
Tanto
faz porque eu não uso um lenço na cabeça e nem fico misturando cartas de tarô.
Além
do mais, não se deve cobrar por esse tipo de serviço – pelo menos foi o que
aprendi em meus dezoito anos. É algo que se faz de graça para as pessoas a quem
se quer ajudar. Porque se você vê um destino ruim para alguém, é legal avisar a
essa pessoa, para que ela mude de ideia quanto a alguma decisão que tomou.
Por exemplo, se alguém resolveu viajar de carro para o Arizona e você ficou sabendo por meio de uma visão que o carro dessa pessoa vai bater nos trinta quilômetros finais da viagem, avisaria a ela, para que desistisse da viagem o quanto antes?
Por exemplo, se alguém resolveu viajar de carro para o Arizona e você ficou sabendo por meio de uma visão que o carro dessa pessoa vai bater nos trinta quilômetros finais da viagem, avisaria a ela, para que desistisse da viagem o quanto antes?
Pelo
menos é o que eu faria. É o que eu faço sempre. É o que estou destinada a fazer
para o resto da minha vida – e sem cobrar nada.
(...)
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Bienal de SP 2012
Oi, pessoal! Vamos falar da Bienal??
Pois é, eu estarei lá!! No dia 11/08, sábado, e vou comparecer ao Encontrão que será realizado neste dia na Praça de Alimentação, às 14h, com a presença de outros escritores, leitores, blogueiros... vai ser bem legal!
Estarei com exemplares de "A Destinada"; se quiser comprar, é só falar comigo, e se quiser já deixar reservado, fala comigo aqui, ou no Facebook, ou no Twitter, ou e-mail, beleza? O preço será de APENAS R$25,00. Um livro de 400 páginas! Não dá pra perder, né???!!
O livro também estará sendo vendido no estande da Scortecci editora, a partir desse dia. Se você vai à Bienal, não deixe de dar uma passadinha lá para conferir. Ah, e logo vou abrir aqui a pré-venda, para quem prefere receber por correio, ou não vai poder estar lá na bienal. O preço será o mesmo, então fica de olho!
Até a próxima, gente, e espero ver vocês lá!
Beijão!
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